Torturas na Ditadura Militar no Brasil
Arquitetura da dor Torturadores abusavam de choques, porradas e drogas para conseguir informações
Cadeira do dragão
Nessa espécie de cadeira elétrica, os presos sentavam pelados numa
cadeira revestida de zinco ligada a terminais elétricos. Quando o
aparelho era ligado na eletricidade, o zinco transmitia choques a todo o
corpo. Muitas vezes, os torturadores enfiavam na cabeça da vítima um
balde de metal, onde também eram aplicados choques
Pau-de-arara
É uma das mais antigas formas de tortura usadas no Brasil - já existia
nos tempos da escravidão. Com uma barra de ferro atravessada entre os
punhos e os joelhos, o preso ficava pelado, amarrado e pendurado a cerca
de 20 centímetros do chão. Nessa posição que causa dores atrozes no
corpo, o preso sofria com choques, pancadas e queimaduras com cigarros
Choques elétricos
As máquinas usadas nessa tortura eram chamadas de "pimentinha" ou
"maricota". Elas geravam choques que aumentavam quando a manivela era
girada rapidamente pelo torturador. A descarga elétrica causava
queimaduras e convulsões - muitas vezes, seu efeito fazia o preso morder
violentamente a própria língua
Espancamentos
Vários tipos de agressões físicas eram combinados às outras formas de
tortura. Um dos mais cruéis era o popular "telefone". Com as duas mãos
em forma de concha, o torturador dava tapas ao mesmo tempo contra os
dois ouvidos do preso. A técnica era tão brutal que podia romper os
tímpanos do acusado e provocar surdez permanente
Soro da verdade
O tal soro é o pentotal sódico, uma droga injetável que provoca na
vítima um estado de sonolência e reduz as barreiras inibitórias. Sob seu
efeito, a pessoa poderia falar coisas que normalmente não contaria -
daí o nome "soro da verdade" e seu uso na busca de informações dos
presos. Mas seu efeito é pouco confiável e a droga pode até matar
Afogamentos
Os torturadores fechavam as narinas do preso e colocavam uma mangueira
ou um tubo de borracha dentro da boca do acusado para obrigá-lo a
engolir água. Outro método era mergulhar a cabeça do torturado num
balde, tanque ou tambor cheio de água, forçando sua nuca para baixo até o
limite do afogamento
Geladeira
Os presos ficavam pelados numa cela baixa e pequena, que os impedia de
ficar de pé. Depois, os torturadores alternavam um sistema de
refrigeração superfrio e um sistema de aquecimento que produzia calor
insuportável, enquanto alto-falantes emitiam sons irritantes. Os presos
ficavam na "geladeira" por vários dias, sem água ou comida
Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quais-foram-as-torturas-utilizadas-na-epoca-da-ditadura-militar-no-brasil